Introdução
Após 7 anos na FIRST Lego League, competição desenvolvida pela FIRST, uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de motivar jovens a entrarem na STEM, a Equipe Alta Voltagem ingressou na FIRST Tech Challenge — que consiste numa competição internacional em que as equipes devem projetar, construir e programar um robô semi-industrial para completar as missões da arena.
AE (Atributos de Equipe)
“O que é?”
Área que trata dos projetos sociais, marketing, conexão (com patrocinadores e comunidade) e documentação da equipe.
Tendo sido tomada essa decisão, os membros procuraram ter uma base sobre o que era a competição. O principal meio para conseguir isso foi a ajuda da mentora Duda e as conversas com equipes mais experientes. Nessas reuniões, foram abordados temas sobre os prêmios, as dinâmicas de apresentação e os mecanismos de robô.
Os primeiros passos para criar uma fundação para a equipe foram a busca por patrocinadores, já que é crucial ter o apoio da comunidade STEM para que consigamos construir um trabalho de excelência. Para contatar esses patrocinadores, os integrantes escreveram e-mails, visitaram empresas e criaram conteúdos para atrair possíveis apoiadores.
O próximo passo foi o planejamento dos projetos sociais. Para isso, os membros conversaram com os mentores da Rockwell Automation, já que o primeiro objetivo da equipe era, e continua sendo, ajudar os patrocinadores e manter uma troca benéfica. Nessa conversa, eles externaram uma dor da empresa no recrutamento de mais mulheres para diversas áreas. Buscando soluções, a Milena — uma das mentoras da Rockwell — deu a ideia de retomarmos um projeto antigo e desativado da empresa, um podcast focado em incentivar mulheres. Assim, surgiu o AltaCast, que é planejado, organizado e roteirizado pelas mulheres da equipe, e tem o objetivo de trazer mais mulheres para o STEM.
Todos os projetos sociais são focados em gerar impacto e levar a robótica para outras pessoas e, com esse propósito, temos o Robótica para Todos, projeto no qual a equipe ensina robótica para grupos de escoteiros, igrejas e associações comunitárias; e o Robótica na Escola, que consiste na participação da equipe em eventos da escola, como feiras científicas e culturais, festas juninas, entre outros. Essas iniciativas são continuamente desenvolvidas pela equipe e estão sempre num processo de evolução para alcançar mais pessoas.
Em constante busca de aprimorar o alcance da equipe, os integrantes buscaram reforçar a robótica no município da equipe, Jundiaí. Para isso, conversaram com o atual prefeito da cidade, Gustavo Martinelli, apresentando a importância da robótica e discutindo formas de torná-la mais acessível na cidade.
Depois disso, a equipe focou na preparação para o torneio e buscou criar formas sustentáveis para as próximas gerações.
MCI (Máquina, Criatividade e Inovação)
“O que é?”
Área que trata da engenharia e programação do robô.
Na parte da mecânica, foi essencial a realização de vários protótipos diferentes no começo, para que os integrantes entendessem melhor como cada mecanismo funcionava e pudessem chegar à melhor versão. Após testes e conversas com outras equipes, decidiu-se construir um robô utilizando MDF, um material mais maleável.
Sempre buscando seguir metodologias para deixar o processo mais ágil e preciso, a equipe tomou decisões assertivas em rodas de conversa e alinhou objetivos e prioridades. Depois, seguiam o planejamento, esboçando ideias no papel e no CAD (Desenho Assistido por Computador), onde era criado o esboço em 3D.
No final, as peças eram montadas, testadas e analisadas. Caso o protótipo não funcionasse, o processo era reiniciado.
Com o término desse procedimento, chegou-se ao robô da Seletiva Paulista, o Bitcoins. Na seletiva, a equipe conquistou o Prêmio de Pensamento Criativo, concedido à equipe que melhor reflete a jornada ao longo da temporada, e o Prêmio de Aliança Vencedora.
Para a etapa Nacional, a equipe realizou uma análise SWOT e, após compreender e erradicar os pontos fracos do robô, chegou a competição com uma versão aprimorada do robô utilizado na Seletiva Paulista.
Durante a competição nacional, além de trocarem muitas experiências com outras equipes, os integrantes conquistaram o Prêmio de Terceiro Lugar em Conexão, concedido à equipe que se conecta com sua comunidade local de STEM, aprendendo e adotando ferramentas através de esforço e persistência.
Ao final de uma temporada de muitos aprendizados e trocas de experiência, a equipe concluiu sua trajetória na Into the Deep e, após a seleção de novos membros para a temporada Decode, alunos formados na equipe se tornaram mentores.